A existência dos MEIs e pessoas jurídicas já era uma realidade crescente no país nos últimos anos, mas nada se compara ao aumento visto durante o ano de 2020, no qual o Brasil viveu - e vive ainda - uma das suas maiores crises sanitárias e econômicas.
Empresas falindo e pessoas desempregadas foram a grande tendência durante o ano passado, devido às restrições necessárias para combater a pandemia. Dessa forma, o poder aquisitivo e as oportunidades diminuíram drasticamente, trazendo um novo cenário para o então empregado que precisou se reinventar.
Uma prova dessa reinvenção foi que, em 2020, o número de registros de MEIs cresceu 2,6 milhões, com um aumento de 6% em comparação ao ano de 2019, de acordo com a pesquisa feita pelo Ministério da Economia.
O que favorece e justifica o crescimento dos MEIs
Com o registro do Microempreendedor Individual o indivíduo se torna pessoa jurídica com CNPJ, que pode abrir sua própria empresa ou ser prestador de serviço para empresa de terceiros.
Com esse registro é possível ter facilidade de empréstimos para negócios, abertura de contas bancárias e emissão de notas fiscais. Essas facilidades por si já justificariam uma certa atração, mas outros fatores colaboraram durante 2020.
A grande relação com este crescimento se dá devido ao desemprego causado pela pandemia da COVID-19, já que milhares de brasileiros perderam seus empregos ou mesmo que precisaram aumentar a renda e até garantir benefícios previdenciários.
Hoje essas pessoas enxergam na abertura do MEI uma maneira de fortalecer seu negócio que antes até poderia ser informal, mas agora ganha forças e oportunidades para se desenvolver.
Esse cenário prejudica também a busca pelo primeiro emprego registrado, o que refletiu no número de jovens que abriram registro de microempreendedor durante a crise para criar novas oportunidades. Dessa forma, enquanto a crise durar, a tendência é que essa categoria cresça e se fortaleça ainda mais.