As variações de mercado são mensalmente acompanhadas e mensuradas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), analisando o impacto no bolso do consumidor no cenário brasileiro.
Os dois índices podem refletir a inflação ao medir a oscilação de valores de serviços e produtos consumidos pelas pessoas comparando o custo de vida frente essas mudanças.
Esses índices têm altas e baixas de acordo com a inflação e com a variação do dólar, que incide em diferentes etapas de análise de custo e processos dos produtos. Entenda como isso afeta o consumidor final na prática:
Como o IPCA e do IGP-M afetam o consumo
O IGP-M é o índice utilizado normalmente no reajuste de contratos de aluguéis de imóveis e de algumas outras tarifas, como a conta de luz e alguns tipos de seguros. Então se esse valor disparar em comparação à inflação oficial do país (medida pelo IPCA), o valor das contas pode aumentar consideravelmente, além do poder de compra da população.
Em 2021, o IGP-M está acumulado em 35,75% ao ano, e pelos reajustes habituais de aluguéis seguindo o índice, um cidadão pode ter um reajuste dessa porcentagem ao invés do tradicional 7% ou 9%, impactando diretamente seu modo de vida.
A mesma coisa pode acontecer para o reajuste de seguros, escolas e faculdades, podendo acarretar em uma redução significativa do poder de compra do brasileiro.
Atualmente tramita uma proposta no Congresso Nacional para impedir que o reajuste de aluguéis fique acima do IPCA, evitando a situação acima.
Como são calculados
O IPCA calcula a oscilação de valores de produtos consumidos na rotina: roupas, alimentos e outros. Enquanto isso, o IBGE levanta as informações de consumo das famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos e mensura o quanto do rendimento das pessoas foi gasto para essas aquisições.
Cada produto tem um peso diferente na conta, de acordo com o seu impacto e presença na cesta de consumo média da população, aquilo que é mais consumido tem mais peso. A intenção dessa cesta é ser um espelho do consumo brasileiro mensal, avaliando o que mudou de um mês para o outro.
O IGP-M tem seu cálculo composto por três fatores que possuem pesos diferentes: IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo do Mercado) com 60% de impacto na conta, IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor-Mercado) com 30% e o INCC-M (Índice Nacional do Custo da Construção-Mercado) com 10%.
O IPA-M analisa preços de produtos agrícolas e industriais que, quando sobem o custo das vendas de atacado, resultam no aumento do índice pela sua grande porcentagem de participação.
Fonte: Contábeis