A tecnologia avançou e os relógios de ponto têm se mostrado obsoletos diante de tantas opções de sistemas que cumprem a função de registro de colaboradores, entregando maior valor para a gestão de pessoas dentro das empresas. Além disso, o home office ou as atividades laborais em que os aparelhos físicos dificultavam o processo de marcação, como era muito comum em atividades do agronegócio, ganham com maior segurança jurídica.
Porém, diferentes sistemas foram criados, o que pode levar os empresários ou gestores de Recursos Humanos a ficarem com dúvidas sobre qual opção escolher. Segundo Dimas Fausto, presidente da Dimastec, que atua no segmento de registro de ponto e controle de acesso, algumas questões devem ser respondidas pela empresa na hora de comparar as alternativas existentes.
Um dos pontos que ele menciona é a capacidade de integração do sistema de marcação com o software para gestão de pessoas que já existe na organização. De acordo com a explicação de Fausto, esse é um grande diferencial, uma vez que a maioria das plataformas disponíveis demanda o uso de sistemas combinados, limitando muito as possibilidades e aumentando o valor a ser aplicado.
“Com esse cuidado na escolha, prevalece o investimento financeiro e tecnológicos já feitos dentro da empresa, sem perdas significativas para o incremento de um novo sistema”, diz o profissional.
O que também precisa ser ponderado pelo empresário é o imediatismo que as soluções de marcações virtuais oferecem, fato que favorece a tomada de decisões e correções por parte do RH.
Fausto alerta que, diferentemente do relógio de ponto, os sistemas enviam os dados para a plataforma de gestão de pessoas em tempo real. Por exemplo, esse quesito ajuda bastante no controle de hora extra, além de permitir a geração de relatórios atuais sobre o absenteísmo dos profissionais contratados, entre outros. O resultado é a gestão de alto nível, aponta ele.
Reconhecimento facial
Fausto também comenta sobre um artifício que ganhou bastante popularidade no processo de marcação de ponto: o reconhecimento facial. No entanto, o executivo explica que o recurso costuma ter duas formas diferentes de atuação, o que implica em entender melhor como o sistema pesquisado opera para saber se ele atenderá a real necessidade da companhia.
O fácil reconhecimento é um aspecto que deve ter a atenção do contratante. É preciso avaliar, de acordo com Fausto, se a plataforma trabalha com o reconhecimento facial imediato à marcação de ponto ou se ela opera por meio do comparativo de imagem, que envolve enviar uma imagem de cada colaborador para uma nuvem, imagem essa que será sempre usada para confirmar se aquela pessoa é a mesma da foto.
“São possibilidades diferentes e a segunda envolve uma análise que leva maior tempo de resposta, gerando um grande atraso, a depender do sistema.”
Além disso, vale confirmar se o reconhecimento consegue acompanhar as mudanças estéticas dos colaboradores, provenientes da passagem do tempo ou mesmo de procedimentos, como mudança de cor de cabelos ou uso de barbas. Nesse caso, o sistema que faz a biometria facial on time ganha no quesito eficiência.
São ainda pontos positivos para as plataformas de registro de ponto a capacidade de gerenciamento, que envolve identificar a conectividade dos aparelhos em que o sistema roda, e o georreferenciamento, que permite identificar onde está o colaborador no momento do registro.
“Também é indispensável verificar se a plataforma roda sem estar conectada à internet, facilidade muito vantajosa para setores em que os profissionais trabalham fora da base ou com deslocamentos constantes, caso de representantes, prestadores de serviço e de trabalhadores do campo. Avalie se esse aplicativo armazena as informações em cache de memória para envio futuro, quando houver internet”, afirma Fausto.
Para ele, se todos esses cuidados forem tomados, a chance de acerto é grande e o empresário ainda estará economizando, tendo em vista o custo alto de manutenção e aquisição dos pontos fixos para registro de funcionários.
Fonte: Contábeis